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DREX – A moeda digital para chamar de nossa!

Aplicações e Impacto do DREX no dia a dia das Instituições Financeiras e seus clientes

A origem do DREX

O Banco Central batizou o Real Digital, como DREX. Está versão do real é uma Central Bank Digital Currency (CBDC) – ou moeda digital de banco central.

A nova moeda é a representação da moeda brasileira no ambiente digital. As instituições financeiras cadastradas terão acesso a uma rede blockchain, onde está representação ocorrerá. Dentro dessa rede, o real digital vai poder interagir com outros ativos tokenizados, ou seja, a representação digital de ativos reais, como investimentos, contratos de crédito, imóveis, entre outros.

A sua nomenclatura traduz a mensagem do que é essa moeda:

D – Formato Digital;

R – A moeda brasileira, Real;

E – Sistema Eletrônico onde o Drex funcionará;

X – Representa a inovação.

Aplicabilidade no dia a dia

O Drex vai permitir que vários tipos de transações financeiras seguras com ativos digitais e contratos inteligentes estejam à sua disposição. Esses serviços financeiros inteligentes serão liquidados pelos bancos dentro da Plataforma Drex do Banco Central (BC), que é um ambiente em desenvolvimento utilizando a tecnologia de registro distribuído (em inglês Distributed Ledger Technology – DLT).

Fonte: https://www.bcb.gov.br/

Sem dúvida, o Real Digital proporcionará maior segurança para as transações onde há a necessidade de garantir que ambas as partes envolvidas cumprirão com suas responsabilidades no acordo.


Por exemplo, podemos utilizar a alegoria da venda de uma residência. Para realizar a transferência do imóvel você deseja que primeiro o comprador faça a transferência do valor para sua conta. No entanto o comprador pode ficar com medo de realizar a transferência e deseja que primeiro a escritura estiver em seu nome. Como resolver este empasse? Atualmente, alguém tem que ceder, confiando na boa fé alheia.

Com a implementação do DREX e a possibilidade de utilização de contratos inteligentes isto deixa de ser uma preocupação!

O negócio será concluído no momento em que ambas as partes executarem suas devidas ações simultaneamente dentro da plataforma do Real Digital. Assim que o pagamento for realizado, a documentação será preenchida e o imóvel passa para o nome do comprador.

Caso a documentação não seja preenchida o dinheiro não sai da conta do comprador, e da mesma forma, sê o valor não for transferido a documentação não será preenchida. Assim sendo, se ocorrer alguma falha ou não cumprimento por uma das partes em qualquer ponta da transação, ela não é concluída e ninguém é prejudicado. Simplesmente, o negócio não acontece!

Real digital é uma criptomoeda?

Não, o real digital (Drex) não é uma criptomoeda, ou stablecoin (as criptos pareadas a algum ativo real, como moedas fiduciárias), nem um criptoativo. O real digital é o real do dia a dia que estamos acostumados, representado de forma digital, emitido e regulado pelo Banco Central, dentro de uma rede blockchain.

Desse modo o Real Digital promove confiabilidade, estabilidade e a previsibilidade decorrentes da regulação que impactam o papel moeda sejam também espelhados para sua versão digital.

A CDBC (Central Bank Digital Currency) por estar atrelada a um Banco Central e estar atrelada a moeda soberana do Brasil, o Real, faz com que ela tenha todas as garantias de uma moeda nacional convencional. Isto é, tornando o seu valor muito mais estável do que uma criptomoeda.

O que é blockchain?

A tecnologia blockchain é um mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações na rede de uma empresa. Um banco de dados blockchain armazena dados em blocos interligados em uma cadeia.

Popularmente se usa a rede blockchain para registrar informações das transações feitas por bitcoins. Para tanto, essa tecnologia usa o sistema P2P para fazer transações financeiras online sem precisar passar pelo servidor central de uma instituição ou banco.

Principal diferença entre o DREX e o Papel Moeda

O dinheiro que está guardado nos bancos é de responsabilidade da Instituição Financeira ou Banco onde se possuí uma conta. Já uma CDBC é de responsabilidade do Banco Central do país, semelhante ao papel moeda guardado em sua carteira.

Um dos principais pontos de distinção é que a CDBC não terá rendimentos, pois, todo dinheiro físico guardado nas carteiras também não possuí rentabilização.

Dito isto, precisamos entender que há também três principais vantagens das moedas digitais emitidas por Bancos Centrais.

Vantagens das moedas digitais

Segurança: Em primeiro lugar, com uma moeda digital regulada por um BC (Banco Central) operações que só estão disponíveis utilizando ativos e moedas digitais não reguladas passam a ter muito mais segurança!



Redução de Custos: Em segundo lugar, no futuro será possível ligar a moeda digital de um país com CDBC’s de outros países. Dessa forma, essa integração reduzirá o custo das operações de transferências internacionais. Plataformas com segurança garantida por Bancos Centrais podem aumentar a competição na oferta deste tipo de serviço ao operacionalizarem a CDBC.

Inovação: Em terceiro lugar, a moeda digital abre espaço para inovações financeiras. Como visto no exemplo da venda de um imóvel, as partes envolvidas podem agendá-las não apenas para dias específicos, mas também podem condicionar as transferências conforme condições especificas.

Atualmente, nove países já possuem suas CDBC’s e outras 71 países, incluindo o Brasil com o DREX já estão estudando para desenvolver suas próprias moedas digitais. Muito bacana, né?!

Mantenha-se atualizado sobre os assuntos do mercado financeiro! Entenda como essas novidades impactam os Bancos e demais Instituições Financeiras reguladas pelo Banco Central ficando de olho no nosso blog.



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